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ÁDRIA, NASCIDA NA VILA ESPERANÇA, EM NANUQUE |
Agora em agosto, uma atleta reconhecida
internacionalmente, nascida em Nanuque, completou 42 anos: Ádria Santos.
Faltando um dia para o início dos Jogos Paralímpicos, sua conterrânea Gleusa Ramos lembra que Ádria é nossa maior
heroína do esporte, já que, ao todo, Ádria possui 13 medalhas conquistadas em
seis Paralimpíadas (Seul 1988, Barcelona 1992, Atlanta 1996, Sidney 2000,
Atenas 2004 e Pequim 2008), além de 71 medalhas em competições internacionais
e outras 583 medalhas em provas
nacionais.
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COMO EX-VEREADORA, GLEUSA LEMBRA QUE CÂMARA MUNICIPAL JÁ HOMENAGEOU A ATLETA COM O TÍTULO DE HONRA AO MÉRITO |
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Como ex-vereadora, Gleusa lembra que Ádria já foi
homenageada em Nanuque, em solenidade especial na Câmara, quando a atleta
recebeu título de Honra ao Mérito, “um momento especial de reconhecimento do
nosso Município à nossa maior medalhista dos Jogos Paralímpicos. Hoje, ela está
aniversariando, merece nossos parabéns, nossos elogios e nossa maior admiração.
É uma mulher que representa a nossa cidade além das fronteiras, mas
internacionalmente”, disse a candidata a prefeita do PPS.
NANUQUENSE É
A BRASILEIRA COM O MAIOR NÚMERO DE MEDALHAS
Vem do atletismo a brasileira com maior número de
medalhas paralímpicas. Ádria Rocha Santos nasceu no dia 6 de setembro de 1974,
em Nanuque, no bairro Vila Esperança. A perda da visão foi gradativa, por conta
de uma doença degenerativa chamada retinose pigmentar, até que, em 1994, ficou
completamente cega. Antes disso, Ádria já havia participado de duas edições dos
Jogos Paralímpicos, em Seul (1988), onde conseguiu 2 pratas (100m e 400m rasos)
e Barcelona (1992), 1 ouro (100m rasos). Já em Atlanta (1996), foram 3 pratas
(100m, 200m e 400m rasos). Sydney (2000), 2 ouros (100m e 200m rasos) e 1 prata
(400m rasos). Atenas (2004), 1 ouro (100m rasos), 2 pratas (200m e 400m rasos);
e sua última participação nos Jogos foi em Pequim (2008), onde conquistou o
bronze (100m rasos). A tetracampeã paralímpica, disputava na classe T11, para
atletas com deficiência visual total que correm vendados e com um atleta-guia.
Ao todo, foram 13 medalhas conquistadas pela velocista que até hoje é nossa
maior medalhista feminina.
HISTÓRIA DE LUTAS
E CONQUISTAS: 537 MEDALHAS
Com deficiência visual desde o nascimento, Ádria tinha
10% da visão até seus 18 anos e perdeu essa porcentagem em 1994, enxergando
atualmente apenas um clarão. Porém, essas dificuldades nunca atrapalharam o
caminho da mineira no atletismo, no qual começou a praticar em 1987, aos 13
anos de idade, no Instituto São Rafael, uma escola especial para deficientes
visuais em Belo Horizonte.
“Eu sempre gostei de atletismo. Fiz natação , mas não me
adaptei muito. Sempre gostei de correr. Minha mãe me chamava a atenção quando
eu era criança, porque tudo eu fazia correndo. Às vezes até me machucava, mas
eu não conseguia fazer as coisas com calma. Acredito que é um dom mesmo”,
disse.
Em 26 anos de carreira dedicados à modalidade, Ádria
deixou seu nome marcado não só em território nacional, mas também pelo mundo.
No total, foram 537 medalhas conquistadas no Brasil e outras 70 internacionais.