GLEUSA APELA A DEPUTADOS DOAÇÃO DE PRÉDIO DA ANTIGA MINASCAIXA PARA FUNCIONAMENTO DE ÓRGÃOS DA PREFEITURA

Documento foi encaminhado à mesa diretora da Assembleia Legislativa

Prédio da extinta MinasCaixa pode ser
utilizado de forma compartilhada entre
Governo do Estado e Prefeitura
(foto-arquivo Google)

A doação do prédio onde funcionou durante muito tempo a agência da extinta Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais (MinasCaixa), para que seja aproveitado para funcionamento de secretarias e repartições da Prefeitura Municipal de Nanuque, foi formalizada em pedido da empresária Gleusa Ramos enviado diretamente à mesa diretora da Assembleia Legislativa do estado (ALMG). O documento é extensivo a todos os deputados estaduais reeleitos e aos novos eleitos.

A MinasCaixa teve suas atividades encerradas em 1991. O prédio localiza-se na  Avenida Geraldo Romano, esquina com Rua Paracatu, centro da cidade, justamente a poucos metros do prédio da Prefeitura. Gleusa argumenta: “Como foi construído há meio século, hoje a sede do governo local já não mais comporta a gama de serviços e estrutura de uma Administração Municipal do porte de Nanuque”.

Localização a poucos metros da
Prefeitura de Nanuque
(foto-arquivo Google) 

Atualmente, com espaços ociosos, é aproveitado parcialmente para funcionamento da Administração Fazendária estadual, o que pode ser abrigado de maneira compartilhada com repertições do Município.

Gleusa: atitude 

Outro fato que motivou a atitude de Gleusa foi a aprovação, dia 4/12, na ALMG, de 13 Projetos de Lei (PLs) relativos exatamente à doação de imóveis do governo estadual a municípios, iniciativas que beneficiam comunidades de diversas regiões de Minas Gerais.

GLEUSA VAI SUGERIR À NOVA DIRETORIA DA OAB/MG-NANUQUE INCENTIVO AO PROGRAMA DIREITO NA ESCOLA

Disciplina tem como objetivo a formação de cidadãos conscientes de seus direitos

Matérias das diferentes áreas do Direito - Criminal, do Consumidor, de Família, Constitucional, entre outros - são ensinadas aos alunos em formato didático e interativo

O presidente eleito Tadeu Rios (ao centro, em pé)
e demais membros da nova diretoria da OAB

Em correspondência a ser encaminhada ao advogado Tadeu Barberino Rios, presidente eleito da 53ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB/MG), na próxima semana, a empresária Gleusa Ramos vai sugerir, já como uma das ações da nova diretoria eleita, a implantação do Programa Direito na Escola em Nanuque.

Gleusa, que é a presidente do PPS Municipal, baseia-se em iniciativa desenvolvida recentemente na cidade de Itumirim, próxima à região sul do estado, quando a presidência da OAB/MG participou da solenidade de posse da primeira professora de MG que dará aulas de cidadania e noções de direito nas escolas públicas do município.

A disciplina tem como objetivo a formação de cidadãos conscientes de seus direitos. Com brilhantismo, Itumirim tornou-se a primeira cidade do país a incluir o Direito como disciplina na grade curricular das escolas públicas municipais, e Minas Gerais é o primeiro estado a oficializar, por meio de lei, o ensino do direito nas escolas de algumas cidades.

Conhecendo as propostas defendidas pela nova diretoria da OAB local, sustentadas por Tadeu Rios na imprensa local e regional, Gleusa acha interessante solicitar a possibilidade de se desenvolver ação semelhante em Nanuque, de modo a abranger todas as escolas públicas, sempre com o foco nas diretrizes do Programa Direito na Escola. 

“Interessante é saber que matérias vinculadas às diferentes áreas do Direito - Criminal, do Consumidor, de Família, Constitucional, entre outros - são ensinados aos alunos em formato didático e interativo tendo como ponto de partida o cotidiano dos próprios estudantes”, argumentou a empresária. As aulas são por meio de palestras; cursos, divididos em sete encontros com temas específicos ou em uma única aula.

E ressaltou: “Como cidadã e representante do segmento empresarial da cidade, acredito no dinamismo do presidente e dos demais membros da nova diretoria, em colocar Nanuque também no centro de uma iniciativa de altíssimo cunho social, baseada em boas práticas que contribuem para a inclusão e produção de um espaço mais integrado sob os aspectos social, econômico e cultural”.

PPS DE NANUQUE LAMENTA MORTE DE PAULO ELISIÁRIO, EX-PRESIDENTE DO PARTIDO EM MG

A presidente do Diretório Municipal do PPS, empresária Gleusa Ramos, lamentou o falecimento do ex-presidente do partido em Minas Gerais, Paulo Elisiário Nunes, nesta terça-feira (04), em Belo Horizonte, aos 79 anos.

Gleusa Ramos

Conhecido como “eterno presidente” entre os filiados da legenda no estado, Paulo lutava há cerca de cinco contra um câncer na próstata.

Para Gleusa, “a marca registrada do PPS mineiro sempre foi baseada em princípios éticos, personalidade e firmeza nas decisões, o que só foi possível graças ao perfil ideológico de Paulo Elisiário. Ele pertenceu a uma geração de políticos com palavras e atitudes coerentes. Deixa um enorme vazio no cenário político de Minas e do Brasil”.

Prof. Tim

Já o ex-presidente do PPS local João Gonçalves dos Santos, o prof. Tim, em nota nas redes sociais, disse: “Hoje, mais que nunca, com um grande desafio vimos honrar o companheiro Paulo Elisiário, que nos deixa fisicamente e nos deixa um legado maravilhoso de comprometimento, dedicação e vida. Nossos sentimentos à família, camaradas e todos os amigos. Que Deus possa nos confortar. Não temos palavras para avaliar a perda de um amigo e camarada com tantas qualidades como Paulo Elisiário”.

Vereador Sidnei (na galeria dos
presidente do PPS - Diretório
Estadual em Belo Horizonte)

O vereador Sidnei Pereira Silva, o Sidnei do Frisa, representante do PPS na Câmara de Nanuque, reconhece o tamanho da perda para o partido. “Quando a gente falava em lideranças partidárias de Minas Gerais, logo vinha em primeiro lugar o nome de Paulo Elisiário. Ele e o PPS eram inseparáveis. Falava-se de um, lembrava-se imediatamente do outro. Um grande nome”, comentou.

Nascido em Palmeiras dos Índios, em Alagoas, Paulo Elisiário foi presidente do PPS em Minas por mais de 20 anos. Afastado por causa da doença, ele ainda integrava a Executiva Estadual do partido, da qual fez parte desde a época do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro).

Em nota pública (veja abaixo), o presidente do PPS, Roberto Freire, lamenta a morte do dirigente “que teve toda sua vida dedicada às atividades partidárias” e presta condolências aos seus familiares e integrantes do PPS mineiro.

“Imensa Perda

Roberto
Freire

Em meu nome pessoal e em nome da direção do Partido Popular Socialista, comunicamos a morte, na manhã de hoje, em Belo Horizonte, do nosso querido companheiro Paulo Elisiário Nunes, que teve toda sua vida dedicada às atividades partidárias, desde Alagoas, sua terra natal (era natural de Palmeira dos Indios, berço do grande Graciliano Ramos) passando por várias capitais brasileiras e terminou se concentrando no Estado de Minas Gerais, sua segunda terra.

Ainda muito jovem, foi escolhido para ir a Moscou, no inicio dos anos 1960, a fim de estudar na escola de quadros montada pelo Partido Comunista da União Soviética para preparar militantes de todos os recantos do mundo. Concluído seu curso, em 1965, regressou clandestinamente ao Brasil, em plena ditadura militar, indo morar em Aracaju, a fim de se engajar na luta contra o regime militar. Capturado anos mais tarde pela repressão política em Juiz de Fora, foi barbaramente torturado e nada revelou a seus algozes. Após a Anistia, retomou suas atividades abertas no PCB, tendo sido um dos principais responsáveis pelas ricas atividades do Partidão no Estado de Minas Gerais e, fruto de sua rica experiência, chegou a participar do Secretariado e da Comissão Executiva nacionais, ao lado de Giocondo Dias, Dinarco Reis, Salomão Malina, Sergio Moraes, dentre outros. Em 1992, apoiou a transformação do PCB em PPS, onde militou até ser vítima da terrível doença que lhe tirou a vida.

Nossas fraternas condolências aos seus familiares, a começar da mineira Geralda, sua companheira de todas as horas, em dezenas de anos, feliz e rica convivência que lhes legou seus queridos filhos Mariana e Paulo, além de netos, e aos companheiros do PPS mineiro.

Paulo Elisiário era a dignidade em pessoa, sempre alegre, fraterno e solidário com amigos, companheiros e qualquer homem ou mulher com quem tivesse contato.

Brasília, 4 de dezembro de 2018

Roberto Freire

Presidente nacional do PPS

PPS PODERÁ MUDAR DE NOME E SE CHAMAR “MOVIMENTO”

ROBERTO FREIRE DIZ QUE POLÍTICA TRADICIONAL FOI DERROTADA E DESTACA REFUNDAÇÃO DO PPS

Roberto Freire, Gleusa e Tim

"A sociedade brasileira não está majoritariamente nos extremos", analisa Freire

“O ciclo de governos mais progressistas se encerrou com uma crise profunda das instituições e partidos”, diz o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, ao analisar, em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, o resultado das eleições 2018 e as perspectivas partidárias da centro-direita e centro-esquerda com a chegada de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto.

“A política tradicional foi derrotada”, afirma Freire.“Para se manter no time das legendas, que serão ouvidas e terão espaço já no futuro”, nas palavras de Freire, o PPS aposta na refundação do partido, processo que já estava em curso e agora se mostrou urgente.

A metamorfose, que inclui troca de nome (“Movimento” é uma opção), se dará com a adesão de membros do Agora!, do Acredito e do Livres, grupos que erguem a bandeira da renovação política, e com a possível fusão com a Rede.

Sobre a Rede, legenda da ex-senadora Marina Silva, o partido está com a sobrevivência ameaçada porque elegeu só uma deputada federal e, com isso, não superou a cláusula de barreira. A consequência é a restrição no acesso a recursos do fundo partidário e ao tempo de televisão.

Embora ainda falte a palavra final, tudo se encaminha para a união dos dois partidos. O molde também é incerto, já que, pela lei, só siglas com no mínimo cinco anos de registro podem se fundir. Oficializada em 2015, a Rede tentará na Justiça derrubar a regra.

“O PPS não está discutindo mudança por deleite de mudar, mas porque é necessário”, afirma Freire. A expectativa é que a aliança com organizações de oxigenação da política ajude a reformular os quadros, estabelecer nova ponte com a população e ter conexão maior com redes sociais.

“A sociedade brasileira não está majoritariamente nos extremos”, analisa Freire. “No primeiro turno, um movimento anti-PT deu impulso a Bolsonaro e, no segundo, um grande grupo votou em Haddad para ser anti-Bolsonaro.”

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NANUQUE: 70 ANOS - O QUE VOCÊ TEM A DIZER SOBRE A SUA CIDADE?

O que você, 

Gleusa Ramos, 

tem a dizer sobre a cidade?

- Como você gostaria que a cidade estivesse para festejar essa importante data?

Nasci e vivo aqui desde 1953. Já acompanhei muito da história de Nanuque, vi seus avanços e retrocessos. Sinceramente, não só eu, mas todos nós gostaríamos de estar festejando 70 anos sem perdas.

Perdemos recursos naturais, perdemos representatividade política, perdemos muitas oportunidades de crescimento econômico, chances de melhorar a nossa infraestrutura. De alguns anos para cá estamos exportando jovens e, consequentemente, toda a sua capacidade de criar, de produzir, de inovar, de produzir conhecimentos.

Todos moramos aqui, sentimos o mesmo calor e todos gostaríamos de comemorar esses 70 anos com uma cidade econômica, social e culturalmente estabilizada,  projetada no cenário de Minas numa posição de destaque.

- Existe uma frase famosa de John Kennedy, ex-presidente dos EUA, que diz o seguinte: “Não pergunte o que seu país pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer por seu país.”

Se tivesse que adaptar essa frase à realidade de Nanuque, o que você diria a respeito de nossa cidade?

Diria que temos cidadãos capacitados, que poderiam contribuir mais para nosso desenvolvimento, e que são omissos, lavam as mãos para os problemas comunitários, não se incomodam, vivem ilhados no seu mundo social pleno, e o resto que se dane.

Vivemos aqui, precisamos ser mais participativos, somos corresponsáveis pela cidade.

Vivemos em comunidade exatamente para sermos ajudadores uns dos outros, mas poucos têm essa consciência. Posso fazer pouco pela minha cidade, mas o pouco que posso quero fazê-lo.

Hoje tenho uma pequena empresa responsável por dez postos de trabalho diretos e que projeta o nome da nossa cidade para todo o nordeste de Minas Gerais, norte do Espírito Santo e sul da Bahia. Estou envolvida em projetos sociais, participo da minha comunidade religiosa, busco melhorar a performance profissional da minha equipe e, assim, estar fazendo um pouquinho para o bem-estar dos que aqui vivem.

É dever de todos procurar contribuir para melhoria do seu habitat.

- Em recente artigo publicado na imprensa, você disse que construir uma Nanuque melhor, com qualidade de vida para todos, não é utopia, mas realidade plenamente possível. Explique esse conceito.

  

É questão cultural, desde o lixo que você separa e preocupa-se em não jogá-lo na rua até atitudes mais visíveis, como instalar aqui uma escola de ensino superior, um consórcio nacional, sua participação efetiva nas entidades de classe ou investir no crescimento de sua empresa, seja ela de que porte for, já fará a diferença. São infinitas as possibilidades que temos para mostrar que podemos fazer algo pela nossa cidade.

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