terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

"CASA COMUM"

texto de reflexão de Gleusa Ramos

“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (AMÓS 5, 24)


Gleusa Ramos
Com esse pensamento, o profeta Amós nos leva a refletir sobre o planeta, nossa casa comum, e nossa responsabilidade em cuidar dela. Este é o ponto de reflexão da Campanha da Fraternidade de 2016.

O abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos, o controle de meios transmissores de doenças e a drenagem de águas pluviais são medidas necessárias para que todas as pessoas possam ter saúde e vida dignas.

Por isso, temos que pensar em “justiça ambiental” integrada à “justiça social”. As responsabilidades do poder público devem ser cobradas por nós, que também temos o dever e obrigação de zelar pelo bem comum.

A realização de obras de infraestrutura, o saneamento básico, o tratamento da água, a coleta seletiva do lixo são obrigação do poder público, e nossa responsabilidade é cuidar das áreas comuns, não jogando lixo. Enfim, preservar e manter em ordem nossa casa comum.

Quando Deus fez a terra, Ele fez um paraíso. Pensemos  nas inúmeras  belezas naturais que encontramos no nosso País... São paisagens fantásticas! Tudo foi criado e a nós destinado, para usufruirmos e cuidarmos

Antes, quando Deus passa o DÉCALOGO a Moisés, lá no sexto mandamento, Ele já nos recomenda: “Não matarás”. Essa ordem de Deus não seria “preservai a vida”? A vida, em todo o seu aspecto: humana, animal e natural.

A nossa acomodação e até ganancia nos tiram desse foco e nos levam a uma vida de indiferença aos bens mais essenciais como a água. A casa de todos foi criada para nos suprir destes bens, a todos, sem distinção de raça ou situação econômica. A “casa comum” seria para nos proporcionar viver com saúde, felicidade e prazer; enfim, viver com dignidade. Nós que fomos criados à sua imagem e semelhança; nós, seus filhos, donos da herança.

Promover a justiça social não pode deixar de fora as questões ambientais, já que somos a parte mais afetada quando se trata do meio ambiente.

Nesta Quaresma, a Igreja nos dá a oportunidade de refletir e nos posicionar em defesa e proteção da nossa “casa comum”.

Aproveitemos para aprender, partilhar e tomar atitude de defesa e preservação dessa maravilha que recebemos do Pai.

Tenhamos vida, mas vida em abundância!

Não matemos, preservemos a vida sempre!


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